segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Comigo não, violão

De novo Marina Silva vem com a conversa mole de "erros" do PT, a pretexto de atacar seu ex-partido na reta final da campanha. Como diria minha sobrinha Nina, que mané erro, nada! Crimes, isto sim. O mensalão, além de crime gravíssimo de lesa-democracia, utilizava recursos PÚBLICOS para corromper os deputados envolvidos, Marina. O balcão de negócios em que se tranformou a Casa Civil (mesmo antes do mensalão), idem.
O procurador-geral da República chamou de quadrilha os operadores das negociatas, bem como do mensalão, que aliás era só uma das frentes de crimes envolvendo aquele ministério, crimes que hoje se sabe, continuam a acontecer. Vamos supor que a casa de Marina seja invadida e roubada. Espero que nunca aconteça, mas por acaso ela diria que os ladrões cometeram um "erro"?
Não é à toa que a candidata optou por não abandonar o PT e o cargo de ministra na época das denúncias. Erros não são necessariamente crimes - as palavras têm significado - e pensar assim expressa muito do que pensa Marina a respeito da vida pública.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Noveleiro da Sete

Possivelmente vou decepcionar os poucos leitores deste blog, mas devo dizer que o remake da novela Ti-ti-ti está impagável. Diálogos acima da média, humor e elenco afiados. Diversão quase sempre garantida.

Maluf 1 x 0 Erundina

Luiza Erundina não só compareceu como foi oradora do evento de ontem contra a imprensa livre e independente. Seria o caso de dizer que é uma lástima para quem se elegeu prefeita de São Paulo (1988), na primeira eleição direta para o cargo depois do fim da ditadura militar, mas se considerarmos que pouco depois Paulo Maluf e Celso Pitta também chegaram lá pelo voto, nem tanto. Pitta já morreu, mas Maluf está vivíssimo e não foi bater pau contra a democracia. Pior para Erundina.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Hitler, Stálin, Mussolini, Médici, Pol Pot, Chávez etc. etc.

Na quinta-feira (23/09) está programada uma passeata contra o artigo 5º da Constituição brasileira, aquele que garante a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e direitos fundamentais do indivíduo. Claro que na novilíngua petista, a manifestação leva outro nome - "ato político contra o golpismo midiático e em defesa da democracia" (sic). Além do PT, PC do B, PSB, PDT, CUT, CTB, CGTB, MST e UNE, a marcha contará com o apoio luxuoso do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. Surrealismo total. André Singer (ler post abaixo) também é jornalista. Espero sinceramente que não compareça ao "evento".

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Alinhados

Ensaio de André Singer na Folha de ontem ("A história e seus ardis" http://sergyovitro.blogspot.com/2010/09/historia-e-seus-ardis-o-lulismo-posto.html). Entre outras pérolas ilustrando mais uma tentativa do PT de reescrever (agora literalmente) a história, compara Lula a Franklin Roosevelt. Triste ver em ação um intelectual a serviço de um partido político que se quer perpetuar no poder e prega a extirpação dos adversários. Como cidadão, é óbvio que Singer tem o direito de apoiar quem quer que seja para o cargo A, B ou C, mas como intelectual (cientista político), seria vedado simular escrever como quem está fora do embate político, mas claramente não está, o que só faz denegrir ainda mais o papel de certos intelectuais no regime democrático brasileiro. Mas ele não era o porta-voz da Presidência da República na época do mensalão? Faz sentido.
Para Singer, "a candidatura Dilma, por sua biografia, é talhada para levar adiante um projeto nacional pluriclassista". Ao candidato Serra, é vedado sequer tocar no tema corrupção e/ou escândalos do governo, sem ser "tragado pela lógica do escândalo, retornando ao caminho udenista da denúncia moral, que só garante os votos de classe média - o que, no Brasil, não ganha eleição". O que teria sido para Singer o "Fora FHC", encabeçado pelo PT no goverrno Fernando Henrique Cardoso, sem que houvesse nenhuma acusação direta ao presidente? Udenista? Golpista? Udenista golpista? Não se sabe. Argh.

Gênio

À Folha de hoje, o "roqueiro" Fito Paez diz que não é chegado a modernidades na cozinha, como raviólis com recheio de salmão, mas apóia a investida chavista do casal Kirchner contra a imprensa de seu país - e por consegüinte, contra a liberdade de expressão, conquistada às duras penas pelo povo argentino. Para o cantor, a dupla estaria "questionando os grupos de poder instalados há mais de 50 anos". Argh.

domingo, 19 de setembro de 2010

Jornalheiros

É por isso que a internet segue sendo uma revolução. Há um blog sensacional, criado e desenvolvido por um engenheiro eletrônico, Paulo Cezar da Costa Martins Filho, torcedor do Fluminense, historiador da mais fina estirpe. Chama-se Jornalheiros - http://jornalheiros.blogspot.com/ -, um espaço para quem gosta da história do futebol, com rigor e vituosismo (informação e fotos da mais alta qualidade), mas igualmente sem fanatismo, bairrismo ou ismos em geral, e onde sobra paixão, mas com ciência, se é que me entendem! Claro que agrada também a quem apenas aprecia o futebol bem jogado. Os comentários costumam honrar a empreitada. Boa leitura!

sábado, 18 de setembro de 2010

Site e moral

Muito bom o site Fromsport -  http://www.fromsport.com/ - um portal (sem necessidade de cadastros, senhas ou downloads) com transmissões ao vivo de várias modalidades esportivas de todo o planeta, entre as quais o futebol brasileiro, claro! Hoje pude acompanhar pelo computador Corinthians X Grêmio Prudente (3 a 0 para o Timão), jogo que só passou na TV em pey per view, no Sportv. Mas tem muita opção, a depender da hora e o lugar em que acontece o evento. O delay é menor que 2 segundos em relação a transmissão da TV, e a qualidade da imagem, mesmo não sendo uma maravilha, é ok, com um ou outro solavanco *. Mas há trasmissões com uma resolução muito boa, como aconteceu por exemplo no jogo Botafogo X Cruzeiro (realizado no mesmo horário do jogo do Corinthians), com sinal de um canal dos Estados Unidos. Aliás, é divertido poder acompanhar uma partida daqui com narração gringa, em espanhol ou inglês. Agora pouco, por curiosidade, vi uns minutos de América de Natal contra Icasa, pela série B do Brasileirão, e dei uma espiada em  duas partidas do campeonato mexicano. Quem gosta de golf, tênis, basquete, autobmobilismo e ciclismo, entre muitos outros esportes, também não vai se decepcionar. Imagino que num iPad fique ainda mais incrível.

* Minha conexão é de modestos 6 megabites. Se fosse de 30 mega, ou mesmo menos, acredito que a qualidade da imagem via internet seria ótima. Quando finalmente a fibra óptica tiver se popularizado (ou uma transmissão ainda mais rápida e com mais capacidade de armazenamento), nem se fala, mas a essa altura as emissoras que compram a peso de ouro os direitos de transmitir os jogos devem partir para uma briga de peso-pesado contra esse tipo de site, que não reconhece a exclusividade de ninguém - é uma questão complexa, porque o dinheiro que entra via transmissão exclusiva para a TV já se tornou fundamental para a indústria do esporte de alto rendimento. Mas difícil resistir a um site que oferece tudo isso de graça. Eu não tenho conseguido.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Não vale a pena ver de novo

Revi uma boa parte de um dos filmes de Woody Allen de que mais gosto, ou gostava, ‘Manhattan’ (1979). Allen idealiza demais a namorada adolescente (Mariel Hemingway), que no filme, além da beleza estonteante, é um anjo cheio de meiguice e maturidade - a realidade é que, fora a beleza habitual, adolescentes de 17 anos tendem a ser implacáveis, mesmo em 1979. A trama paralela com Diane Keaton é previsível, e a impressão de que, para o diretor (e não só neste filme), basta ser leitor do New York Times para ser considerado um intelectual, me incomoda. Mesmo assim, o belíssimo final compensa, mas o ideal seria não rever alguns filmes – 'Hannah e Suas Irmãs' e 'Radio Day's vou tentar preservar na memória.

Nanico engraçado

Uma das picaretagens mais divertidas desta campanha eleitoral vem do PCO (Partido da Causa Operária), que prega um salário mínimo de R$ 2.500 (nem um centavo a mais ou a menos!). Gostaria muito de saber se o candidato Rui Costa Pimenta, que disputa a presidência, paga a seus empregados (e ele os tem, com certeza) usando a referência de sua propaganda. Tem que dar o exemplo em casa, certo?!!

A volta do milagre

Hoje um dos Fernandinhos da Folha – sempre tão serelepes - presta uma bela homenagem involuntária a Emílio Garrastazu Médici, a pretexto de elogiar Lula, claro. Embaralhando conceitos caros a Norberto Bobbio, o colunista  escreve que “a atual prosperidade econômica e a ampliação de direitos sociais” seria um avanço democrático inquestionável da era Lula, e que Serra "não seria um ator convincente da direita" (!) para enfrentar nas urnas tais conquistas. Serra, de direita?? Prosperidade econômica e avanços sociais que só teriam começado em 2003, como que por mágica? É incrível como, 40 anos depois do "milagre econômico", época em que o país crescia a índices chineses, o mantra daquele tempo ("Ame-o ou Deixe-o") volte a assombrar o Brasil - não se pode fazer oposição a Lula sem patrulha, assim como não se podia fazer a Médici sem pancada. Os instrumentos são diferentes, (ditadura antes, mistificação agora) mas a lógica é a mesma (mentira e simplificações da realidade imperando). Triste é que a mistificação de hoje conta com a ajuda luxuosa de parte nada desprezível da grande imprensa.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

As Ilhas

Um grande amigo que aproveita merecidíssimas férias me envia torpedo da Córsega (ilha cuja área é equivalente a quase 25 Ilhas Belas), mais precisamente das Ilhas Sanguinárias. Que nome espetacular! No Brasil, não duvido que o nome oficial fosse mudado por não "soar bem".

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sofia, Veneza, Scarlett e cinema nacional

Sofia Copolla levou o Leão de Ouro em Veneza (por Somewhere), um grande feito, sem dúvida. O fato de o presidente do júri do festival – o grande Quentin Tarantino - ser seu amigo de longa data (e ex-namorado) deve ter pesado na declaração de Tarantino à imprensa, a qual enfatizava que a decisão foi unânime. Ok. Sofia tem um Oscar de roteiro original (Encontros e Desencontros, 2003), outro grande feito, mas convenhamos que a escolha de uma Scarlett Johansson aos 18 aninhos para o papel principal foi determinante, e não menos importante uma cena fundamental no roteiro, a saber, aquela em que a diva aparece de calcinha, logo no começo do filme!

PS: Scarlett atua tão bem em ‘Encontros’ que parece injusto não elogiar o que seria a colaboração da diretora. Mas, relembrando sua já nem tão curta carreira no cinema, por pior que possa ser o filme (e geralmente nem é o caso), quando é que Scarlett não está magnífica em qualquer papel?

PS2: a atriz poderia ser a salvação do cinema nacional. Basta alguma ONG descolada de meio ambiente ou de ação social (que tal o 'Nós do Morro'?!) convencê-la a vir atuar no Brasil (com cachê simbólico), em duas ou três produções anuais, e bingo: nosso cinema ressuscitaria como Lázaro, já que com Scarlett não tem filme ruim nem tempo fechado!

Bikes e SP

A campanha pró-bicicletas em São Paulo é um equívoco só. Claro que nada contra se locomover de bike pela cidade, ainda que seja algo bem perigoso, pela falta de educação de boa parte dos motoristas. Pedalar não polui a cidade, faz bem para a saúde, tudo isso é inquestionável. Mas tentar estigmatizar motoristas de automóvel é absurdo, e é o que está se fazendo, pelo menos em campanhas informais, no rádio. Para começar, é bobagem associar usuários de carros com a elite (sempre ela!), ainda que ricos sempre andem de carro, por óbvio. Uma grande quantidade da frota paulistana (ao menos 6 milhões de veículos) pertence a pessoas das classes C e D (e até E), que se deslocam principalmente para trabalhar. Numa cidade das dimensões de São Paulo, é comum que o trajeto casa-trabalho seja longo, às vezes muito longo – principalmente para as camadas menos favorecidas. Uma campanha por um melhor e mais extenso e integrado transporte público seria muito mais útil e pertinente. É injusto exigir que um cidadão que mora na Vila Carrão e trabalha, por hipótese, no Socorro - um trajeto de, no mínimo, 35, 40 quilômetros - não use seu carro, no caso de tê-lo. Ele sofre no trânsito e vai demorar bem sua hora e meia para chegar, mas sem seu automóvel teria de procurar outro lugar para trabalhar. Numa cidade em que praticamente não há cilcovias, quem pode ir de bike ao trabalho são pessoas (geralmente de classe média alta para cima) que moram, em média, a não mais que quatro, cinco quilômetros dele. Enquanto a infraestrutura continuar na mesma, o resto é demagogia freak.

Marina e a Democracia

Ficou meio longe no tempo, mas tenho que registrar a reação da candidata Marina Silva sobre o recente escândalo da Receita Federal, em que, junto de figuras de proa do PSDB, a filha do candidato José Serra teve seu sigilo fiscal violado. Serra, corretamente a meu ver, levou o assunto ao programa da TV, mas Marina não gostou e declarou que Serra estava se fazendo de vítima, que os sigilos violados não se restringiam a sua filha e a correligionários de seu partido etc. etc. É um absurdo. Fazendo assim, ela faz o jogo dos donos do poder federal, que tentaram (e ainda tentam) despolitizar os crimes, que obviamente são sim, políticos, mas esse nem é o ponto principal. A questão é que Marina perdeu uma grande oportunidade de defender o Estado democrático de Direito, que não comporta violações dos direitos individuais – é causa pétrea em nossa Constituição, e muito menos por agentes do Estado. Provavelmente ela raciocinou - ela sim, em termos estritamente eleitorais –, que, como ambos são concorrentes diretos por uma vaga no segundo turno, se Serra pudesse ganhar alguns pontos com o escândalo, ela perderia etc., o que é uma preocupação fútil e estúpida diante da situação de crimes cometidos e encobertos por pessoas diretamente ligadas ao staff da máquina federal. Enfim, ela perdeu uma grande oportunidade de defender a democracia, e fez o jogo que interessa ao PT, sem querer querendo... O mensalão não foi motivo suficiente para ela deixar o partido, e agora uma afronta à Constituição tampouco. Então por que saiu?


PS: essa história de se tentar impedir o debate de eventuais (agora reais) escândalos durante o período eleitoral é outro absurdo. Alega-se que isso esvaziaria o tempo para as “propostas”, como se não fosse importante saber o que acontece na esfera pública. Infelizmente, mesmo 25 anos depois do fim do regime militar, o Brasil ainda engatinha no debate público.

Platéia ativa

É importante ouvir música de concerto ao vivo, até para se ter um parâmetro (ao menos aproximado) da altura (volume) em que ela foi pensada pelo compositor. Mas uma coisa chata de ir a concertos, além do preço lá em cima, do estacionamento e do trânsito para chegar, estacionar etc., é a tosse. As pessoas tossem compulsivamente durante quase toda e qualquer apresentação. Quando há orquestras, o problema fica um pouco encoberto, mas no caso de concertos de solistas ou música de câmara, é horrível. Além de atrapalhar, causa – pelo menos em mim – uma angústia antes da iminência de cada tosse, espirro, pigarro. Por tudo isso, a triste conclusão é que na maioria das vezes não a vale a pena.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Reforma pode assassinar o Maraca

Leio na Folha que o gramado do Maracanã será reduzido na reforma para a Copa de 2014. Custo a acreditar que seja verdade. O maior templo do futebol mundial já passou por algumas reformas, mas que eu saiba ninguém ousou alterar as dimensões do gramado (no limite do maior tamanho aceito pela FIFA), que há muito faz parte da própria mística do estádio. Nos últimos anos já diminuiram até demais sua capacidade, que hoje não passa de 80 mil torcedores, quando há até nem tanto tempo passava, fácil, dos 140, 150 mil. Mas reduzir o gramado já é demais - talvez seja melhor substituir o nome Mário Filho pelo de algum político recente qualquer... Aliás, acho que sei o que pretendem com essa 'modernização' do Maraca: querem transformá-lo em mais uma “arena”, argh.

Os maiores batedores de falta do fut brasileiro em todos os tempos

Cheguei a quatro nomes inquestionáveis. Meu critério foi principalmente a versatilidade, além, é claro, do índice de aproveitamento. Diferente da precisão de um Rivellino, Zico, Ronaldinho Gaúcho, Dicá, Didi, Ailton Lira, Zenon, Pelé, Pepe, Rogério Ceni, Branco e tantos grandes especialistas, de longa ou curta distância, os quatro craques que escolhi eram capazes de transformar em gols cobranças dos mais variados lugares do campo; excepcionais tanto de perto quanto de longe; em tiros próximos à lateral como do miolo do campo. Cobradores de escanteios fantásticos e autores de gols olímpicos recorrentes. Eis os nomes, que não estão em ordem de importância, que deixo para o leitor: Éder, Nelinho, Neto e Marcelinho Carioca. PS: quando penso que muita gente no mundo acredita piamente que um Beckham ou um Gerard estão entre os melhores cobradores da história do futebol mundial, e possivelmente essas pessaos nunca ouviram falar em Marcelinho ou Neto – ou até em Nelinho e Éder (que jogarão pela Seleção), prefiro um esboçar um sorriso de Mona Lisa...

sábado, 4 de setembro de 2010

Os Meninos Dançam

O vocal de Caetano nos graves beira o desleixo aqui – o registro agudo é bem mais a sua praia, mas, quando quer, ele se sai bem nos graves, como na canção Um Índio. De qualquer forma, o resultado agrada, nesta homenagem explícita de Caetano à banda Novos Baianos, do disco Cinema Transcendental (1979).
http://www.youtube.com/watch?v=BNh2QRYZHsI

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Surprise, surprise

Conforme “previ” aqui um tempo atrás (as aspas são pela obviedade da coisa), o livro Pornopopéia, de Reinaldo Moraes NÃO consta na lista dos finalistas do 52º Prêmio Jabuti. Que surpresa...! Menos mal que o prêmio literário Portugal Telecom não cometeu o mesmo erro – o romance de Moraes está entre os finalistas. A ver.

'Coco Chanel & Igor Stravinsky' - não muito crível

A estréia do balé’ A Sagração da Primavera’, em Paris (1913), com música de Igor Stravinsky e coreografia de Nijinsky, lembra muito o primeiro treino de Garrincha no Botafogo, em 1953: meio mundo da época alega que presenciou o acontecimento. No caso do balé, seria inevitável que a indefectível Gertrude Stein estivesse na platéia. Já Coco Chanel, nem tanto. Bom, não duvido que ela tenha assistido à histórica apresentação, mas sim que ela tenha se impressionado tanto com o espetáculo, especialmente com a música politonal de Stravinsky, como propõe o filme francês. Na prática, o roteiro se baseio no que teria sido o clássico "tórrido romance" desses dois gigantes do século 20 - que tinham praticamente a mesma idade e viveram uma vida igualmente longa -, mas penso que a premissa é exagerada, para não dizer falsa: o compositor russo foi muito, mas muito mais importante que a estilista francesa, com todo o respeito ao seu enorme talento. É que Stranvinsky foi um gênio.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Minha Seleção Brasileira de todos os tempos * reservas entre parênteses ** esquema 4-4-2

Taffarel (Gylmar), Carlos Alberto Torres (Leandro), Luis Pereira (Mauro Galvão), Roberto Dias (Domingos da Guia ou Aldair) e Nilton Santos (Roberto Carlos ou Odirlei). Toninho Cerezo (Piazza ou Zito)), Didi (Gérson), Pelé (Zizinho) e Zico (Rivellino ou Ademir da Guia). Garrincha (Careca) e Ronaldo Nazário ou Romário (Reinaldo). Timaço! Melhor que isso só entrando Maradona, Beckenbauer (Baresi), Cruyff , Neeskens, Puskas (Van Basten) e Zidane, só não sei como!

Einstein e Chateaubriand

Quando Albert Einstein esteve no Brasil, num pit stop que fez durante uma excursão à Argentina, em 1925, Assis Chateaubriand, muito ao seu estilo "deixa que é minha", deu um jeito de dar uma carona ao gênio alemão, que já era bem famoso, e os dois foram conversando (em alemão) durante todo o trajeto do porto até o hotel - a viagem devia ser longa, se considermos os calhambeques da época, mesmo o de um milionário como Chateaubriand. Deve ter sido hilário! Preciso achar o livro (recente, editado em 2005) que tenho do físico brasileiro que citou este episódio (que não aparece na biografia de Fernando Morais sobre o brasileiro), porque rende um post bem maior.

Henderson, o Rei da Chuva

Estou lendo o livro, do grande Saul Bellow, em ótima tradução de José Geraldo Couto. Não dá vontade de avançar muito, de tão bom. Obra-prima. Quando terminar vou tentar escrever a respeito.

100 anos esta noite

Tenho horror a qualquer forma de folclorização, inclusive do meu time de futebol. Mas chegar ao centenário em grande forma é uma façanha que pode e deve ser comemorada. Viva o Sport Club Corinthians Paulista!, o campeão dos campeões!