segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Foco

Ainda há muito preconceito da crítica brasileira com a TV, principalmente em relação aos atores desse meio. Alguém duvida que Juliana Paes poderia brilhar no cinema, se fosse dirigida, digamos, pelo chinês Wong Kar-wai? Eu não. Juliana, possivelmente, teria feito melhor que a insossa Norah Jones, em Um Beijo Roubado (2007). Mesmo nas mãos de um Karim Amouz - um dos nossos cineastas mais "festejados" -, a julgar pelos seus filmes, difícil imaginar que ela atuasse sem os cacoetes típicos (e necessários) da dramaturgia das novelas.
O problema do cinema brasileiro não é falta de potenciais estrelas, mas de diretores que saibam de fato dirigir atores e extras, condição essencial para um filme aspirar a ser grande.