quinta-feira, 2 de setembro de 2010
'Coco Chanel & Igor Stravinsky' - não muito crível
A estréia do balé’ A Sagração da Primavera’, em Paris (1913), com música de Igor Stravinsky e coreografia de Nijinsky, lembra muito o primeiro treino de Garrincha no Botafogo, em 1953: meio mundo da época alega que presenciou o acontecimento. No caso do balé, seria inevitável que a indefectível Gertrude Stein estivesse na platéia. Já Coco Chanel, nem tanto. Bom, não duvido que ela tenha assistido à histórica apresentação, mas sim que ela tenha se impressionado tanto com o espetáculo, especialmente com a música politonal de Stravinsky, como propõe o filme francês. Na prática, o roteiro se baseio no que teria sido o clássico "tórrido romance" desses dois gigantes do século 20 - que tinham praticamente a mesma idade e viveram uma vida igualmente longa -, mas penso que a premissa é exagerada, para não dizer falsa: o compositor russo foi muito, mas muito mais importante que a estilista francesa, com todo o respeito ao seu enorme talento. É que Stranvinsky foi um gênio.
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