terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Romantismo - um problema
O que me incomoda no Romantismo - falando de música - é um tipo de literatice que virou moda na época, possivelmente a partir do romantismo alemão. É aquele tipo de 'interpretação' do mundo em que uma composição passa a ter que ter um 'tema', uma inspiração 'oficial'. Então a música ganha título e até um enredo, como se fosse um romance ou um tipo de ópera, e o ouvinte deve limitar sua imaginação àquela realidade, o que me soa impositivo e chato. Beethoven já insinuava, mas, por sorte, acabou não dando tanta bola para a coisa, mas a geração seguinte, com exceção de Schubert, Chopin, Mendelssohn e Brahms (exceções bem representativas, tenho de admitir...). Para exemplificar, cito o caso de Lizt, com seus poemas sinfônicos. Wagner estaria no meio do caminho, já Robert Schumann foi capturado, mas o fato é que muitas vezes, a música é tão bela e celestial que o que critico aqui fica em segundo plano, ainda bem, pois a grande música é capaz de superar até as tolices de seus criadores - eu tb incluiria Mussorgsky e Tchaikovsky nessa lista. Depois pretendo voltar ao assunto.
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