terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Soft

Voltando à música, ou melhor, a alguns gênios da música, me ocorre que mesmo entre eles, há obras que deixam a desejar. Mesmo nos melhores casos, ao menos parte delas - alguns movimentos, inteiros ou parte deles - mesmo que ínfima, soa forçado. E acredito que isso é fato para todos os grandes compositores, sem exceção - o que inclui até mesmo Bach, o deus maior da nossa música. E claro, se estende tb aos grandes mestres de todas artes, de Michelangelo a Truffaut. Tendemos a ignorar, ou melhor, a abstrair a ruindade deles (neles), quando ela aparece. Mas não é diferente em relação aos nossos amigos e familiares, o que para mim não era tão claro até hoje. Isso deveria soar bem, mas não me soa - o fato de que, quando convém, julgamos tudo e todos pelo que fazem de melhor, deixando o pior descansando no armário. Somos só aparentemente implacáveis, porque só assim conseguimos sobreviver.

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