sexta-feira, 16 de abril de 2010

Fumaça e C02

Sobre a erupção do tal vulcão na Islândia e o estrago que está provocando nos aeroportos europeus, fica a constatação da imensa fragilidade da vida humana na Terra, e isso tem pouco a ver com o discurso ecológico corrente, que se baseia na crença de que o homem está destruindo a si mesmo, quando não o próprio planeta. A verdade é que nossas ações - boas ou más - ainda não são determinantes. No fundo, todas aquelas previsões apocalípticas e cafonas do fim do mundo, por mais absurdas, tocam na questão – houvesse mais erupções, ou se elas fossem mais extensas e duradoras, e no mínimo haveria de cara um caos econômico generalizado, mas se o clima sofresse uma alteração mais radical por causa da fumaça, impedindo parte que fosse da chegada dos raios solares à superfície, já era - não possuímos tecnologia para reverter o processo, e tampouco para sobreviver no seu decorrer a médio e longo prazo. Isso já aconteceu algumas vezes na história do planeta, bem antes do surgimento de nossa espécie, e em circunstâncias bem mais radicais - mas para extinguir a civilização que a humanidade construiu, não é preciso que o grau da mudança seja tão grande, basta um sopro. Mas o fim não virá por causa da nossa emissão de carbono.

2 comentários:

Victor Carvalho Pinto disse...

O curioso é que a fuligem dos vulcões provoca uma queda na temperatura do planeta.

O Luzíada disse...

Exato! abração M