segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Timing

Um dos escritores brasileiros que mais admiro é José Lins do Rego. Principalmente por Banguê, que acho genial. Mas nesse post queria falar como às vezes, para determinadas coisas, pode-se nascer ou morrer antes da hora. O escritor tb foi um cronista muito conhecido no Rio e apaixonado por futebol e seu Flamengo. Mas como ele morreu antes dos 60 anos, no final de 1957, acabou perdendo por pouco o advento Pelé (mas não o de Garrincha, que presenciou em parte). É como amar a música, mas não ter chegado a ouvir Mozart e tudo que veio depois. Perdeu tb Zico (para mim o melhor jogador brasileiro da história depois dos dois citados), que o teria enchido de alegrias, mas aí já não se pode falar em má sorte, porque o Galinho surgiria já na velhice do romancista. De quebra, tb por poucos anos, perdeu todos os desdobramentos do surgimento do Beatles, mas provalvelmente isso não o teria incomodado muito. De qualquer forma, é óbvio que, ao morrer, sempre perderemos grandes coisas que às vezes estão para acontecer.

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