Julia, mãe de John Lennon, no filme sobre a adolescência do beatle, tem um papel determinante na decisão do filho de se tornar músico - entusiasta do rock 'n' roll, ela o teria introduzido ao novo ritmo e até lhe ensinado os primeiros passos no violão. É algo que eu desconhecia completamente, e está me cheirando aquela licença poética (exagerada) para dar mais tempero a um personagem. Se for isso, lamentável, porque além de espalhar uma inverdade, terá sido uma atitude desnecessária, já que o personagem Julia é rico por si só, sem maquiagem. Evidente que se a informação foi baseada em pesquisa séria, retiro a crítica.
De qualquer forma, a idéia de fazer um filme sobre a juventude de Lennon, antes da fama, é ótima, e o filme não consegue não ser bonito. Só acho que, nos créditos finais, além da comovente revelação de que John telefonou para Mimi semanalmente, até a sua (dele) morte, o texto poderia ter acrescentado que, no auge da beatlemania (1965), o músico comprou uma casa nova para ela, em outra cidade (Dorset), porque aquela em que viveram tinha virado ponto turístico de Liverpool. Sensacional!
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