Na reta final das campanhas, os institutos de pesquisas costumam divulgar apenas o percentual de votos válidos dos candidatos mais bem colocados. A razão disso é a possibilidade de um deles atingir a metade mais um dos votos válidos, e dessa forma eliminar o segundo turno. Ok, é uma opção que tenta simplificar o processo, mas considero isso um equívoco, porque infla a votação dos postulantes, mostrando números que não espelham a realidade. Vejamos alguns números desta eleição para presidente da República, realizada anteontem.
O (excelente) site do TSE http://www.tse.gov.br/internet/index.html informa que no Brasil há 135 milhões e 804 mil eleitores, e que nestas eleições a abstenção foi de 18,12%, ou seja, compareceram às urnas 111 milhões e 193 mil eleitores. Mas desse total, 8,64% votaram nulo ou branco (votos inválidos), portanto os votos válidos totalizaram 74,80% sobre aqueles 135 milhões, o que corresponde a 101 milhões e 590 mil votos - para vencer no primeiro turno, bastaria obter 37,40% mais um voto. Vamos agora aos percentuais de votos válidos de Dilma, Serra e Marina, números que foram amplamente divulgados na imprensa: respectivamente, 46,91% (47 milhões e 651 mil votos para Dilma), 32,61% (33 milhões e 132 mil votos para Serra) e 19,33% (19 milhões e 636 mil votos para Marina).
Ocorre que, se formos computar os votos de cada um sobre o total de eleitores (quase 136 milhões, sem entrar na abstenção) esses percentuais evidentemente caem muito, mas trazem uma radiografia mais realista do quadro eleitoral em relação à população brasileira. Cesar Maia prefere calcular com base na quantidade total de votos (válidos e não válidos), já descontando a abstenção, mas mesmo assim estes percentuais serão menores do que apenas os do universo dos válidos. Vamos aos resultados nos dois cálculos: sobre o total de eleitores (sem abstenção), o percentual de Dilma cai para 35,08%, o de Serra para 24,39% e o de Marina para 14,45%. Quando excluímos os que não compareceram (Cesar Maia), Dilma passa a ter 42,85%, Serra 29,79% e Marina 17,65%. São os números reais. Ou seja: se a tendência de abstenção e nulos se mantiver (e deve aumentar, porque haverá feriado prolongado no fim de semana do segundo turno), o candidato que conseguir algo entre 36 e 37% do total do eleitorado (pouco mais de um terço dele) será o próximo presidente do Brasil. Simples assim.
O (excelente) site do TSE http://www.tse.gov.br/internet/index.html informa que no Brasil há 135 milhões e 804 mil eleitores, e que nestas eleições a abstenção foi de 18,12%, ou seja, compareceram às urnas 111 milhões e 193 mil eleitores. Mas desse total, 8,64% votaram nulo ou branco (votos inválidos), portanto os votos válidos totalizaram 74,80% sobre aqueles 135 milhões, o que corresponde a 101 milhões e 590 mil votos - para vencer no primeiro turno, bastaria obter 37,40% mais um voto. Vamos agora aos percentuais de votos válidos de Dilma, Serra e Marina, números que foram amplamente divulgados na imprensa: respectivamente, 46,91% (47 milhões e 651 mil votos para Dilma), 32,61% (33 milhões e 132 mil votos para Serra) e 19,33% (19 milhões e 636 mil votos para Marina).
Ocorre que, se formos computar os votos de cada um sobre o total de eleitores (quase 136 milhões, sem entrar na abstenção) esses percentuais evidentemente caem muito, mas trazem uma radiografia mais realista do quadro eleitoral em relação à população brasileira. Cesar Maia prefere calcular com base na quantidade total de votos (válidos e não válidos), já descontando a abstenção, mas mesmo assim estes percentuais serão menores do que apenas os do universo dos válidos. Vamos aos resultados nos dois cálculos: sobre o total de eleitores (sem abstenção), o percentual de Dilma cai para 35,08%, o de Serra para 24,39% e o de Marina para 14,45%. Quando excluímos os que não compareceram (Cesar Maia), Dilma passa a ter 42,85%, Serra 29,79% e Marina 17,65%. São os números reais. Ou seja: se a tendência de abstenção e nulos se mantiver (e deve aumentar, porque haverá feriado prolongado no fim de semana do segundo turno), o candidato que conseguir algo entre 36 e 37% do total do eleitorado (pouco mais de um terço dele) será o próximo presidente do Brasil. Simples assim.
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