quarta-feira, 14 de abril de 2010

Na geral

Sobre essas comemorações dos gols dos craques do Santos - Robinho, Neymar e Cia - leio que a maioria dos ex-jogadores e jornalistas aprova etc., mas acho que isso se deve mais à postura do politicamente correto. Ninguém quer ser o chato ‘repressor’, o careta. O fato é que essas dancinhas revelam o lado mais individualista do jogador de hoje – ele comemora muito menos com o time e a torcida do que para si mesmo, ligadíssimo nas câmeras da TV, além de mostrar preocupação excessiva com o adversário, já que é inegável algum grau de provocação e deboche. Claro que não se discute o direito de se comemorar assim ou assado, mas quem é do tempo em que Zico, depois de marcar algum gol importante ou especialmente belo (ou ambos, como era freqüente), disparava em direção à geral (hoje extinta) do Maracanã, e chegava perto de tocar com os braços a galera ensandecida do Fla, fica com saudade da emoção genuína que fazia parte da essência do futebol daquele tempo, não tão movida a marketing. Grande Zico, nosso maior jogador depois de Pelé, em minha modestíssima opinião.

Nenhum comentário: