segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O Silêncio é nosso

Quem gosta de música sabe da importância do silêncio. Escrevi aquele post ("Música e histeria"), criticando quem ouve música o tempo todo, pensando exatamente nisso. Por isso acho engraçado ter havido na história da música uma figura como John Cage. Ele meio que reivindicava que a importância do silêncio era mérito seu, o que acho ridículo, porque agindo assim ele estava simplesmente tentando se apropriar do silêncio, do sagrado silêncio nosso de cada dia, tão raro quanto fundamental. A experiência do silêncio, como a luz do sol, a água, o olfato etc, é algo ao mesmo tempo intangível, particular e universal, individual, portanto não pode ser adquirida e reprocessada, como pretendia Cage. Esse é outro cuja obra é tão chata quanto desnecessária...

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