sábado, 16 de janeiro de 2010
O racional
Gostei do presidente do Corinthians dizer o velho e bom óbvio. A declaração já tem um tempinho até. Que, por mais que esteja se reforçando, o Corinthians não tem a obrigação de vencer esta Libertadores 2010. Ficou subentendido que a obrigação é disputá-la, chegar às finais e, se possível, ser campeão. Muito bem dito, porque nenhum time ou seleção, por maior ou melhor que seja, tem a obrigação, a priori, de ganhar um título. Nem o Brasil de Pelé e Garrincha tinha, nem o Santos de Pelé e Pepe tinha – mas venceram quase tudo, mas sem jamais prometer que venceriam, porque isso é para os que não têm fibra, confiança, e precisam falar, falar, falar e falar. O Corinthians ficou na longa fila do Paulista principalmente por achar que, a partir de um dado momento, tinha a obrigação de ganhá-lo. Então, além dos óbvios problemas causados por Pelé, Coutinho, Da Guia, e tantos outros, mesmo já com o grande Rivellino, não ganhou nada, claro. Eis a lição, que as antas de sempre teimam em assimilar, mas que bom que a voz sensata vem de quem dirige o clube. Mas PS: sinto que sim, vamos ser campeões da Libertadores deste ano, quem viver verá!!
PS2: a seleção brasileira está entre as favoritas, mas não é a favorita, portanto não tem a obrigação de vencer a Copa da África do Sul. Acho uma tremenda cafonice isso de os brasileiros se acharem sempre os mais cotados, os superfavoritos no futebol, e o pior é que imprensa só faz ajudar nessa crença tão provinciana quanto burra, enganosa. Tanto que, em 2006, torci pela França de Zidane, descaradamente. Por Zidane, em nome do bom futebol e tb por causa dessa nossa jequice. PS3: mesmo que em nome do bom futebol, não torço ou torceria contra o Corinthians jamais!
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