terça-feira, 5 de janeiro de 2010

As Benevolentes

Por falar em ocupação nazista na Rússia, esse assunto sempre foi um tipo de obsessão pra mim. Não só na Rússia, mas a ocupação que se deu em toda a Europa Oriental durante a Segunda Guerra. Por isso que fiquei tão fascinado com 'As Benevolentes', de Jonathan Littell (li o catatau de 900 e tantas páginas em cinco ou seis dias, em janeiro do ano passado). Fascinado e meio incomodado, porque é um escritor da minha idade que teve a ousadia, a petulância de encarar o assunto e a competência de fazê-lo como um Tolstoi, com quem chegaram a compará-lo, no que concordo. Littell se fechou em casa por três meses, escrevendo à mão (em francês) e pronto!, simples assim, estava terminada a obra-prima, seu primeiro livro de fato. Confesso que o feito me provocou alguma inveja (mas não muita, hehe). Tenho acompanhado a carreira dele, um francês criado em Nova York e que depois de famoso passou a viver em Barcelona. Já escreveu uns dois livros depois de As Benevolentes - sempre sobre o assunto fascismo pelo que entendi do título (ou seja, de como a humanidade pode ser má) - e a torcida é que o traduzam o quanto antes.

Nenhum comentário: