Falta de programação boa na TV na madrugada pode dar nisso: vou escalar minha seleção paulista dos últimos 50, 60 anos, incluindo alguns reservas. PS antecipado: não estou me obrigando a ter visto todos os jogadores em ação. A eles: Gylmar (Leão), Djalma Santos (Zé Maria, Cafu), Luis Pereira, Roberto Dias (Dario Pereyra) e Wladimir (Noronha, Pedrinho, Odirlei); Dino Sani (Zito, Bauer), Ademir da Guia (Sócrates, Rivaldo, Pedro Rocha, Giovanni), Pelé (Ivair, Enéas, Jorge Mendonça, Leivinha) e Rivellino (Julinho,Muller, Dorval, Kaká); Careca (Amoroso, Pagão) e Coutinho (Toninho Guerreiro, Edu, Pepe, Serginho, Canhoteiro). PS 2: Não me animo a incluir Neto ou Marcelinho Carioca.
A verdade é que, a despeito dos grandes craques (Riva, da Guia, Sócrates, Rivaldo) e obviamente Pelé, me parece que o Rio foi um tanto mais abençoado - qualquer dia faço minha seleção carioca. Adianto que o ataque seria formado por Garrincha, Ronaldo Fenômeno (Qüarentinha) e Romário, com Didi, Gérson, Zico e etc - Vavá, Ademir e Jairzinho na reserva de luxo, Amoroso (Tio), Djalma Dias, Branco, Djalminha etc. Além de Nilton Santos, Carlos Alberto Torres, Leandro, Edinho, Dirceu, Mozer, Bellini, Aldair, Heleno de Freitas, Dida,Telê Santana, Edmundo, Jair Rosa Pinto, Zizinho, Dinamite. E pelo amor de Deus, Zagallo e Paulo Cesar Lima, NÃO!
PS: recuando um pouco mais no tempo, podemos incluir Domingos da Guia e Leônidas da Silva.
PS2: O Amoroso que começou no Guarani para mim foi um dos grandes atacantes brasileiros, e acho que faltou auto-promoção, lobby, sei lá, porque ele não é visto assim, e sequer participou de uma Copa do Mundo, ainda que tivesse sido artilheiro no Brasil, Alemanha e Itália, sempre jogando em equipes pouco mais que medianas - foi uma grande injustiça de Felipão não tê-lo convocado em 2002, estava em grande fase, e em 98 Zagallo poderia tê-lo chamado - seria muito melhor para formar dupla com Ronaldo do que o já velho e inoperante Bebeto, pois Romário se machucou e foi cortado. Suas contusões graves atrapalharam, mas nem de longe comprometeram sua carreira. Na Europa, se tivesse jogado num Real Madrid ou Juventus... O único técnico da seleção brasileira que o valorizou foi Vanderlei Luxemburgo, mas o atacante, que teve boas atuações, não deu muita sorte e logo se machucou.
Amoroso sempre foi muito rápido e oportunista, mas também era capaz de fazer gols de rara beleza. Me lembro de um contra o Santos, pelo Guarani, no Brasileiro de 94 (de que foi artilheiro, junto com Túlio, e revelação), no Brinco de Ouro, em que ele passou por cinco ou seis adversários antes de tocar para o gol vazio (depois, por coincidência, no ano seguinte, Giovanni devolveu, pelo Santos, no mesmo Brinco de Ouro, driblando meio time do Bugre, mas do outro lado do campo!). Sua média de gols sempre me pareceu bem acima da média, mas me recordo de que, procurando pelo site do jogador, já em 2003, não encontrei nada, que anti-marketing!
O grande Telê Santana, no final da vida, perguntado que jogador aproveitaria do São Paulo campeão da Libertadores e Mundial 2005, em relação ao time que, sob seu comando, conquistou os mesmos títulos em 1992/93, não hesitou em citar Amoroso (e apenas mais um nome, talvez Ceni, não me recordo agora).
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