quinta-feira, 8 de julho de 2010

Blá-Blá-Blá

Os analistas do futebol tentam criar, a posteriori, uma história factível e "lógica" sobre o jogo que terminou. Costumam eleger também os heróis e vilões do evento. Hoje a Espanha eliminou os alemães por 1X0. Tudo bem, mas não custava alguém ter lembrado que a ausência de Thomas Mueller (suspenso pelo segundo cartão amarelo) foi determinante, e não apenas um detalhe, e que os espanhóis se lançaram ao ataque com tanta intensidade e desde o início exatamente porque não tinham que se preocupar com esta grande promessa de craque de 20 anos. Não que o atacante fosse o único grande jogador alemão, mas sem ele a marcação ficou bem menos complicada para a Espanha. Mudou tudo. Mas isso não tira o mérito da Fúria, é claro, que foi inteligente e fez a sua parte.
PS: essa história de suspensão por apenas dois cartões amarelos devia ser revista. Aliás foi, já que os cartões passaram, a partir desta Copa, a serem zerados nas semifinais. A idéia era preservar os craques para a grande final, mas deveriam ter promovido a mudança já a partir das quartas - Mueller teria jogado hoje. De qualquer forma, muito melhor se apenas três cartões suspendessem o jogador - na Libertadores, os amarelos são decorativos, aí é um exagero. Mas condenar um jogador por ter recebido dois amarelos é frescura.
PS2: o Brasil foi eliminado pela Holanda porque Dunga perdeu Elano (contusão) e seu reserva imediato, Ramires (dois cartões). Foi muito azar do treinador, e foi determinante. O blá-blá-blá de que ele foi um fracasso é pura “análise a posteriori”.

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