quarta-feira, 21 de julho de 2010

A boa babel

Naveguei ao acaso pelo Facebook dos Estados Unidos, e fiquei surpreso e bem impressionado com o número de descendentes latinos presentes no site, misturados aos "locals", aliás, sendo naturalmente locals eles mesmos. E para que isso não fosse simplesmente reflexo de tribos afins, começava repetidamente a navegação do zero, por alguém que não tivesse amizade com nenhum outro do círculo anterior. Acabei topando com ex-alunos latinos das melhores universidades do país, mas também com comerciantes, técnicos e executivos, jovens, coroas, e adolescentes de várias regiões dos Estados Unidos, cada qual integrado em meio à maioria de sobrenomes americanos mais típicos. Não que comunidades mais fechadas não existam dentro e fora do Face/América, claro que sim - no caso dos indianos e/ou paquistaneses, por exemplo, foi inevitável constatar que o círculo de amigos era formado em sua maioria por compatriotas e descendentes -, mas é de se perguntar quantos países populosos no mundo, nos últimos 60 anos, receberam e recebem tantos estrangeiros que vem para ficar, como acontece nos Estados Unidos. E sim, recebem, não "acolhem" – em grande escala, é o que acontece, o resto é demagogia barata. Evidente que é impossível receber todo o fluxo de gente que gostaria de viver lá, porque estamos falando de milhões de pessoas, de toda parte do mundo, razão pela qual o país tem sido injustamente taxado de 'segregador' e 'elitista', principalmente nos lugares em que o antiamericanismo já se tornou uma corrente dominante - ou seja, em muuuuuitos países, infelizmente.

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