quinta-feira, 10 de junho de 2010

Revolucíon à brasileira

Por mais que tente, não entra na minha cabeça que os cineastas brasileiros dos anos 60 - alguns já consagrados, e boa parte oriundos do Cinema Novo, movimento tão crítico ao sistema -, tenham aderido de tão bom grado à criação da Embrafilme, no auge da ditadura militar e em seu período mais sombrio (1969), recém AI-5. Cooptação é uma palavra que, se já não existisse, teria de ser criada especialmente para a situação. Haja pragmatismo ideológico... - um vexame, mas que é tratado como tabu por boa parte da imprensa, talvez para não comprar briga com os medalhões da intelligentsia da esquerda (artistas e críticos), ainda bem influentes. Uma pena, porque é um assunto na medida para um debate e/ou questionamento. Mas tudo bem, hoje temos a (já caduca) Lei Rouanet, bem mais discreta... Argh.

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