quarta-feira, 5 de maio de 2010

Flanar

Dependendo do bairro, o ato de caminhar em São Paulo, com suas calçadas estreitas, é cada vez mais aborrecido. Parece uma extensão de dirigir automóveis, principalmente se for na hora do rush, e ele existe também para pedestres – no meu, é na hora do almoço (12h às 14h) e final da tarde (17h às 19h). Além das bancas de jornal e ambulantes a diminuir o espaço já exíguo, tem sempre apressadinhos mal educados que forçam a “ultrapassagem”, ciclistas bem crescidinhos que invadem as calçadas - como se isso fosse natural -, tem o pessoal da 'firma' voltando ou indo para o almoço e fechando a passagem, ou os que levam o cachorro para passar com aquelas coleiras elásticas, o que resulta no mesmo. Sem contar as paradas obrigatórias nos sinais de trânsito, que nos fazem parecer carros, argh. Enfim, não se pode simplesmente andar devagar e pensar na vida, mas também não se pode estar com pressa - nem com educação. E olha que andar é uma das coisas mais livres e bacanas que se pode fazer na vida. E é de graça. Ou era.

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